URGENTE: Confusão toma conta da CPMI com briga entre relator e ex-presidente do INSS (veja o vídeo)

Caio Tomahawk


URGENTE: CPMI vira palco de caos com troca de insultos e quase agressão entre relator e ex-presidente do INSS (veja o vídeo)

A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), realizada nesta segunda-feira (13), acabou se transformando em um verdadeiro campo de batalha verbal. O episódio, transmitido ao vivo e acompanhado por milhares de internautas, expôs o clima de tensão entre parlamentares e o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto.

O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e o depoente protagonizaram uma das cenas mais constrangedoras do Congresso nos últimos tempos. Em determinado momento, os dois quase chegaram às vias de fato, e a sessão precisou ser interrompida às pressas pelo presidente da CPMI.

O início da confusão

Tudo começou quando Gaspar questionou Stefanutto sobre uma reportagem que teria apontado possíveis práticas irregulares na gestão do INSS. O tom da pergunta, segundo o ex-presidente, foi ofensivo e sem base em provas concretas. Irritado, ele reagiu de forma explosiva:

“O senhor me respeite! O senhor me respeite!”, gritou Stefanutto, elevando a voz e gesticulando diante do relator.

A tensão aumentou quando Stefanutto afirmou que o relator “age com pré-julgamento” e que o trabalho da comissão era “uma vergonha para o Parlamento”. O comentário acendeu o pavio.

Sem conter a indignação, Alfredo Gaspar respondeu com palavras duríssimas:

“Vagabundo! Vagabundo! Vagabundo! Ladrão!”, bradou o parlamentar, batendo na mesa e apontando o dedo em direção ao depoente.

A cena provocou reações imediatas entre os demais membros da CPMI. Parlamentares da base governista e da oposição se levantaram, aos gritos, tentando conter os ânimos e impedir que a troca de ofensas evoluísse para uma agressão física.

Sessão interrompida e clima de revolta

O presidente da comissão teve de suspender a sessão temporariamente para tentar restabelecer a ordem. O segurança da Casa foi acionado, e Stefanutto chegou a se levantar da cadeira, visivelmente alterado, enquanto o relator continuava protestando.

Segundo pessoas presentes, assessores e servidores precisaram intervir para separar os dois e evitar um escândalo ainda maior. Parte dos parlamentares classificou o episódio como “vergonhoso” e “um retrato da crise ética que tomou conta das investigações”.

Um senador que acompanhava a sessão afirmou reservadamente que “a CPMI se transformou em palanque político e perdeu o foco da apuração”.

Troca de acusações e politização da CPMI

A confusão expôs a crescente polarização dentro da comissão, criada para investigar denúncias de irregularidades em contratos e possíveis fraudes em programas sociais ligados ao INSS.

Stefanutto, que deixou o comando do instituto no início do ano, é acusado por opositores de ter favorecido grupos específicos durante sua gestão. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento em irregularidades e afirma ser vítima de perseguição política.

Durante o depoimento, antes da confusão, o ex-presidente já havia se queixado de que o relator conduzia as perguntas de forma “tendenciosa e enviesada”. Gaspar, por sua vez, argumentou que apenas cumpria seu papel de investigar fatos graves e que o depoente tentava desviar o foco.

Repercussão imediata nas redes

Nas redes sociais, o vídeo da briga viralizou em poucos minutos. Termos como “CPMI”, “Alessandro Stefanutto” e “Alfredo Gaspar” ficaram entre os mais comentados do X (antigo Twitter).

Internautas se dividiram nas reações. Parte dos usuários criticou a postura do relator, afirmando que ele “perdeu o controle e desrespeitou o cargo”. Outros defenderam Gaspar, dizendo que “a revolta é compreensível diante de tanta corrupção e impunidade”.

Influenciadores políticos e analistas também se manifestaram. O cientista político Luiz Domingues avaliou que “episódios como esse mostram a deterioração do debate político e a transformação de comissões em arenas de espetáculo”.

Próximos passos da CPMI

Após o tumulto, a presidência da comissão anunciou que a sessão será retomada em nova data, ainda a ser definida. Há também a possibilidade de que um processo disciplinar seja aberto para apurar a conduta do relator e do depoente.

A assessoria de Alessandro Stefanutto informou que ele “não aceitará ser insultado em público e poderá acionar o parlamentar judicialmente por injúria e difamação”. Já o gabinete de Alfredo Gaspar emitiu uma nota breve dizendo que o deputado “reagiu a provocações e não permitirá que investigados tentem inverter papéis dentro da CPMI”.

Conclusão

O episódio desta segunda-feira expôs, mais uma vez, o nível de tensão e descontrole que tem marcado as comissões parlamentares nos últimos meses. O que deveria ser um espaço de apuração e transparência virou um palco de ataques pessoais, onde o debate técnico é substituído por insultos e disputas políticas.

Seja qual for o desfecho, o fato é que a CPMI do INSS entrou em colapso institucional e político — e o vídeo que circula pelas redes deixa claro: a crise de credibilidade no Congresso atingiu um novo e lamentável patamar.

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